sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Laos, capital Vientiane (dez 2011)

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       O Laos, mesmo sem participar da guerra do Vietnã, foi um dos países mais bombardeados pelos americanos, numa guerra suja, não declarada, que durante nove anos despejou 270 milhões de explosivos, dia e noite, nesse país agrário, pobre, de povo humilde e cordial. A desculpa: impedir ajuda aos vietcongs pela trilha Ho Chi Minh, que passava perto da fronteira com o Vietnã. O alvo era tudo que se movia, além de quaisquer edificações.       
       Mais bombas foram atiradas no Laos do que na Alemanha e no Japão juntos, durante a Segunda Guerra - o que torna esse pequeno e pacífico país um dos mais atingidos do mundo. Muitas não explodiram, e hoje estão no centro da tragédia que fere, mata e mutila, por ano, 300 camponeses e outros civis que, inadvertidamente, tocam em algum desses artefatos. Metade são crianças, que confundem com brinquedos as carapaças do tamanho de uma bola.
       Quando chegamos ao hotel em Vientiane, cartazes sobre o assunto nos chamaram a atenção, assim como um folder da MAG—Mines Advisory Group—, uma das ONGs internacionais que tentam ajudar o governo laosiano a se livrar dessa ameaça traiçoeira, escondida sob folhas ou enterradas em florestas, montanhas, estradas, rios, vilarejos, escolas e campos de arroz. Os folders pedem ajuda financeira, e mostram o trabalho que pode ser feito com cada dólar doado.

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   Passamos apenas dois dias em Vientiane. Visitamos o Parque de Buda, com cerca de duzentas imagens religiosas monumentais, hindus e budistas, algumas bastante curiosas. Foram reunidas no parque em 1958 por Luang Pu Bunleua ​​Sulilat, um sacerdote que se interessava por essas duas religiões.


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Visitamos também, para variar, templos dedicados a Buda, nessa república socialista tão religiosa e mística.


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Abaixo, flagrantes dos laosianos:


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A moça e as meias                            O olhar da inocência                                                    O monge, o cigarro e a menina                                            

No primeiro dia em Vientiane fomos levados a um restaurante para ver e ouvir danças e músicas típicas (ligue o som).


No último, a uma loja chique e cara, que vendia tecidos artesanais. No primeiro andar, os artesãos trabalhavam em condições difíceis, mas sempre ouvindo música.


                 
* Os vídeos dessa postagem foram gravados por Jitman Vibranovski

                   Na próxima semana, Hanoi.

12 comentários:

  1. Oi Cláudia,
    Parabéns pelas fotos, lindas como sempre, e obrigadíssimo pela "carona" nesta viagem. Adorei a parte da "...república socialista tão religiosa e mística...". As coisas da alma se movimentam em outro tempo, né? Uma curiosidade: como vocês viajaram de Luang Prabang para Vientiane?
    Beijo grande

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    1. Guiga,
      Obrigada pelo comentário e pelos elogios, continue assim, rsrs. É, as coisas da alma se movimentam em outro tempo, mas em alguns lugares há perseguições e/ou proibições religiosas. O que achei interessante é que lá coexistem o regime socialista e a forte religiosidade do povo. É bem legal. Quanto à sua pergunta, fomos de avião de Luang Prabang para Vientiane. Beijo.

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  2. São lindas as imagens de Laos! Fiquei muito impressionada com as informações sobre a guerra e o intenso bombardeio que o povo sofreu. E pensar que as minas ainda estão por lá ... Já tive informação que a indústria bélica brasileira é uma grande fornecedora de minas. É um absurdo, porque as maiores vítimas são os civis.
    Enfim, as esculturas são bélissimas e enormes! Fico até com vontade de me converter ao budismo!
    beijos,
    Maria Clara.

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    1. É mesmo impressionante, e a informação de que o Brasil é fornecedor de minas infelizmente procede. Aquela região sofreu muito, e continua a sofrer. E o povo, que não tem nada com isso, é o mais prejudicado!

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  3. Que maravilha! Textos e fotos de altíssimo nível! Parabéns!

    Leila Rocha

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  4. Lindas fotos, parabéns, ótimo texto, estou acompanhando interessadíssimo!!
    Beijos, Julio

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    1. Que bom que você gostou, Júlio. E tomara que fique inspirado para conhecer aquela região, vale a pena! Beijos.

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  5. Muito bom Cláudia. Antigamente dizia-se que uma pessoa culta também era a pessoa que muito viajava. Antes era privilégio de poucos, hoje privilégio de muitos, e com a internet um privilégio de todos, principalmente através de blogs como o teu. Parabéns.

    PS: (estou aceitando revisão no comentário - rsrs)

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    1. Obrigada, Cláudio. Você, que também já viajou muito, sabe o bem que faz pra cabeça da gente. Viajar é mesmo uma "viagem". E continue acompanhando o blog, pretendo cada semana postar um lugar - menos no carnaval, é claro, porque ninguém vai ler. E uma brincadeirinha: não foi preciso fazer nenhuma revisão no comentário, vc melhorou muito, rsrs.

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  6. Somente hoje pude olhar com cuidado suas fotos e textos relativos a sua viagem pelo Laos e Tailândia. Fiquei impressionado pela beleza das fotos (coisa de profissional...) e pelas curiosidades muito bem relatadas. Estou esperando os próximos.
    Beijos do Bruno.

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  7. José Roberto Alvarenga26 de janeiro de 2012 às 10:29

    Estou gostando das notícias,vc tem um olhar da nossa geração, que vê para nós o que estaríamos observando se estivéssemos aí; grandes sacadas.
    Estamos viajando de graça com vcs.

    Parabéns , obrigado e boas viagens .
    José Roberto

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