domingo, 29 de junho de 2014

Rota das emoções: Jericoacoara, Delta do Parnaíba, Lençóis Maranhenses

Um roteiro traçado por nós mesmos, sob medida, fora dos circuitos tradicionais – e com a irretocável organização feita pela internet por Jitman Vibranovski – resultou numa das melhores viagens de nossas vidas, pela chamada Rota das Emoções, que percorre três estados: Ceará, Piauí e Maranhão.

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Nosso hotel em Jericoacoara, no Ceará, era à beira mar, como se vê na foto acima, tirada do restaurante durante o café da manhã. Mas na verdade pouco aproveitamos essa linda praia, tamanha a quantidade de atrações e passeios: Tatajuba, Lagoa da Torta. Lagoa Paraíso, Lagoa Azul, Praia do Preá, Pedra Furada… Sem contar o Parque Nacional de Jericoacoara, onde vivem em estado selvagem carneiros e mais de 3 mil jegues. É que as motos chegaram com força total ao Nordeste, e os simpáticos animaizinhos foram aos poucos perdendo o posto de mais popular meio de transporte.
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Além da natureza exuberante a ser explorada, a cidade é encantadora. Lojinhas, restaurantes e barzinhos se espalham pelas ruas de areia, sem calçamento. Flores coloridas enfeitam a paisagem.

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Ao entardecer a cidade se ilumina, e à noite há muitas opções de diversão, na cidade ou à beira mar.

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Segunda escala: Delta do Parnaíba

Para quem não sabe, delta é a foz do rio que se subdivide, constituindo um grande triângulo composto pelos braços do rio e suas ilhas, formadas por areia e aluviões trazidos pelas águas e depositados em terrenos conquistados ao mar. É o próprio rio, portanto, que “constrói” o delta ao longo do tempo.
128.1O Delta do Parnaíba - um dos três do mundo em mar aberto e o único da América nessa condição - tem 2.700 km2, 77 ilhas e fica na divisa do Piauí com o Maranhão. Os cinco braços do rio serpenteiam no terreno plano, e as ilhas são cobertas por vegetação.

Para percorrê-lo, escolhemos um jeito diferente: em vez de nos hospedarmos na cidade de Parnaíba, ficamos na Ilha das Canárias, numa pousada simples à beira do rio, ao lado de uma fazenda de criação de gado e de uma aldeia de pescadores.
                            197.1 Passeios de barco, de dia e à noite, fizeram parte de nosso roteiro, que incluiu ostras frescas regadas a cerveja, degustadas enquanto tomávamos banho de rio e contemplávamos dunas branquíssimas. No capítulo comida, a pousada era um caso à parte: pastéis de camarão, caranguejo, siri, moqueca de frutos do mangue e, no café da manhã, panquequinhas de caju, sucos de manga, acerola…  134.1




 

A tranquilidade e a beleza das paisagens foi o que mais nos encantou. E também a privacidade: éramos os únicos hóspedes da pousada.

 

 

As dunas são móveis, constantemente modificadas pela ação do vento. Uma fina camada de areia, movida pela brisa, está sempre esvoaçando na superfície delas.

 

 

 


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Durante um passeio pela aldeia de pescadores, ficamos extasiados com o pôr-do-sol. Depois, nos confraternizamos com os moradores, que assavam peixe na fogueira.


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À noite, o tradicional passeio de barco pelo rio, floresta adentro, à procura de animais de hábitos noturnos.


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No final da estada no Delta, já em direção aos Lençóis, paramos o barco para ver a revoada dos guarás, lindos pássaros vermelhos que todo final de tarde se reúnem num mesmo lugar. É um espetáculo belíssimo: centenas deles, vindos de várias direções, se encontram numa ilha para passar a noite.
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Terceira escala: Atins, nos Lençóis Maranhenses

 
Queríamos fazer um roteiro diferente do tradicional. Então, em vez de nos hospedarmos em Barreirinhas para visitar os Lençóis, resolvemos ficar em Atins, cidadezinha de dois mil habitantes às margens do rio Preguiça, na confluência com o mar. É a entrada leste para os Lençóis. Para chegarmos lá, fomos de barco da Ilha das Canárias até Tutoia, onde pernoitamos – numa viagem emocionante de três horas e meia, com direito a tempestade no meio do caminho – e no dia seguinte seguimos de carro.
 
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O lugar é um dos mais belos cenários do Brasil, uma raridade ecológica que se espalha por  155 mil hectares - mesmo tamanho do município de São Paulo.
 

 

São 70 km de praias selvagens, cujas areias estendem-se 50 km para o interior. É uma imensidão de dunas formadas pelo vento, pelas ondas e pelas correntes marítimas, com milhares de pequenas lagoas de água doce.
 

A chuva abundante que cai de janeiro a junho é responsável pela não-inclusão do lugar na categoria de deserto: são 1.600 mm por ano, enquanto  no maior deserto do mundo, o Saara, não chega a 5 mm.


 

 

As dunas chegam a 20 metros de altura, e as lagoas de águas transparentes e limpíssimas são formadas pela água da chuva.  No período da seca, de julho a dezembro, as lagoas se evaporam.


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Os passeios foram muitos. Fomos a um povoado próximo, onde todas as casinhas, embora humildes, tinham telhados novos. Curiosos, perguntamos o motivo, e nos informaram que era resultado do programa Bolsa Família, que proporciona sobra de dinheiro para as pessoas arrumarem suas casas. Nesse lugar, onde a atração era um antigo farol, três menininhas recitavam e cantavam, encantando os turistas, enquanto o dono da birosca servia batidas feitas das mais diversas frutas.


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Um capítulo à parte foi o hotel onde ficamos, à beira da praia do Rio Preguiça. Nosso quarto parecia um cenário, como se pode ver nos vídeos abaixo:

 

6 comentários:

  1. Belíssimo Passeio! Como sempre é um prazer viajar com vcs. por esses lugares tão peculiares desse nosso imenso Brasil. Tanto a narração quanto as imagens são fascinantes!

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  2. Lindas fotos e ótimas descrições. Parabéns Cláudia. Bjs

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  3. Dá vontade de volta
    JItman

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  4. Desculpe, voltaR
    Jitman

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  5. maravilha de imagens e narrações! Não conheço o Ceará pode ser um próximo roteiro. Parabéns !

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  6. Registro muito bem feito de nossa viagem ao litoral dos três estados do Nordeste. Dá muita saudade...
    Beijos, Bruno e Telma.

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