domingo, 5 de fevereiro de 2012

Baía de Ha-Long, ou Onde o Dragão Entra no Oceano (dez 2011)

       Quando trabalhava como jornalista de turismo, cheguei à conclusão de que turista adora água. Rio, cachoeira, mar, corredeira, represa - em que modalidade for, água acrescenta charme especial a qualquer viagem. Quando soube que nosso roteiro incluía cruzeiro de uma noite na baía de Ha Long, adorei.      
       Ha Long fica a 170 km de Hanoi. Entrou na lista das Sete Maravilhas Naturais do Mundo em setembro de 2011, ao lado das brasileiras Amazônia e Cataratas do Iguaçu. É também Patrimônio Mundial pela Unesco desde 1993.


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       O nome Ha Long quer dizer Onde o Dragão Entra no Oceano. Conta a lenda que um bicharoco que vivia nas montanhas correu para o mar, e sua cauda cavou vales, depois preenchidos pela água. Resultado: cerca de três mil ilhotas, algumas ocas e com grandes cavernas.

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      Saímos de Hanoi de manhã cedo. Depois de viajarmos quatro horas de van, embarcamos. O navio Emeraude, do tamanho ideal, tem cabines confortáveis, boa comida e pessoal atencioso. O único senão foi o tempo: estava frio, não pudemos entrar na água.

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       Mas isso não atrapalhou o prazer da viagem. Havia outras atrações, como passeio de barco até uma vila flutuante, onde vivem pescadores e suas famílias.
      
       As bandeiras nacionais hasteadas nas casas demonstram o sentimento do povo em relaçao ao país.


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Na volta, vimos uma curiosa maneira de manejar remos: com os pés!


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       Outra atração foi a visita à gruta de uma das ilhas, iluminada e preparada para o turismo.

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       Aulas de culinária oriental - como fazer rolinhos primavera e enfeites de mesa com tomates - tomaram parte de nosso tempo a bordo. À noite, depois do jantar, um dos programas foi assistir - enrolados em cobertores, em confortáveis espreguiçadeiras do deque superior - ao filme Indochina, com Catherine Deneuve. No filme, é interessante observar como até bem pouco tempo o colonialismo era visto como algo "normal" e "natural": brancos europeus invandindo e dominando um país, e tratando o povo como subalterno.


Pela manhã, o navio desperta: as garçonetes preparam o desjejum e uma professora dá aula de Tai-chi-chuan aos passageiros (vídeos gravados por Jitman Vibranovski).

                                                                                                       (ligue o som)

                                                                                             

              

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           Mais tarde, antes do desembarque, mulheres com crianças, em barquinhos frágeis, vinham nos oferecer peças de artesanato.

 

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Próxima postagem: Hue, cidade imperial

6 comentários:

  1. Difícil imaginar o vietnã com frio, Cláudia. É isto aí: ter amigos viajantes blogueiros é que é cultura... Adorei as fotos e seu olhar, como sempre atento aos aspectos humanos e sociais. Que lugar lindo! Obrigadão!
    Beijo.
    Guiga

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  2. Oi, Guiga, no Vietnã faz frio sim! Fomos no inverno, e no norte - o país é compridinho, feito o Chile - estava um gelo! Sorte é que tínhamos passado em Londres, então levamos roupas quentinhas. Porque, como vc, também achávamos que lá só fazia calor. Em compensação, no sul estava bem quente, assim como no Camboja e no Laos. Na Tailândia, então, o calor era de rachar, e sol, pra lá de escaldante!

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  3. Que lugar incrível, este rastro do dragão da baía de Ha Long!
    Eu sabia de um lugar parecido no sul da China (em terra firme), já vi fotos, mas desta região do Vietnam não...
    É tão bonito (ou um pouco menos, para não mexer com os brios locais e nacionais...) do que a baía da Guanabara, com a vantagem de que não construíram uma cidade em volta!
    E o esquema do passeio, o barco e tal, parece mesmo uma delícia! Vídeo às 6h da manhã foi o máximo!
    E ainda bem que não puderam entrar n'água: imagina se pisam em uma escama de dragão?...

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  4. Nossa! Muito diferente e belíssimo. Muito bom conhecer novos lugares de uma cultura tão diferente da nossa e que foi "apresentada" ao ocidente pelo olhar do dominador.

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  5. Estou fascinada com a possibilidade de conhecer essas paragens. Suas descriçoes cuidadosas e cheias de nuances dos locais visitados somados as fotos, especialmente as panoramicas são um convite a viagem. Adorei a observação sobre turista gostar de água. É claro que isto vale para os amantes da natureza, já que a energia que as aguas doces ou salgadas, em seu fluxo corrente ou em saltos traz aos homens é uma experiencia que se renova em cada contato. Obrigado por disponibilizar seu registro.
    Maria Helena

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