quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Grécia, onde tudo começa: Santorini, a suntuosa

Quando adolescente, eu ouvia a música My Funny Valentine e não compreendia o que o autor queria dizer quando chamava a namorada de unphotographable. Como alguém ou alguma coisa pode ser infotografável?

Em Santorini, entendi. Santorini é infotografável. Pode-se retratá-la em vários ângulos, mas é impossível captar toda a beleza dessa ilha em forma de meia lua, cercada pelo mar com o mais impactante tom de azul.

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A ilha – onde, segundo a lenda, ficava o reino perdido de Atlântida - era arredondada antes da erupção vulcânica que, em 1450 a.C, a explodiu ao meio, dando-lhe o formato de lua crescente.

Santorini foi colonizada pelos minóicos e habitada pelos dóricos. Já foi chamada Kallístē (a mais bela), e Strongýlē (circular). No século XIII os venezianos lhe deram o nome atual, em homenagem a Santa Irene – Irini, em grego.

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Os penhascos vulcânicos cheios de construções brancas são característicos do lugar, rota obrigatória de cruzeiros pela região.

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Embora a atividade turística predomine, ainda é possível encontrar moradores carregando seus burricos com mercadorias, como figuras de outra época.

Os burricos são também usados por quem vive do turismo: fazem sucesso subindo os 580 degraus que separam o pequeno porto de Skála Firon de Fira, a capital  da ilha, 270 metros acima do nível do mar.  

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   Boa ideia é alugar carro para conhecer outros povoados e as curiosas areias negras das praias de Kamari e Perissa.

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Indispensável saborear drinques e mezédes - pequenas porções de comidinhas típicas – deliciando-se com a paisagem. No caminho, muito artesanato típico e – surpresa – uma turista europeia com a bandeira brasileira na sandália.

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No porto do povoado de Oia há restaurantes de onde se pode observar o pôr-do-sol. Mas a fama do lugar subiu à cabeça de alguns proprietários, e os preços podem ser bastante salgados. É aconselhável pesquisar para escolher o melhor custo benefício.

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A exemplo do Brasil, onde a “classe média do Lula” conquistou direitos e lota aeroportos, em Santorini a “classe média pós-Mao” fazia a festa. Incontáveis chinezinhas, com roupas de grife e muito charme, passeavam seus olhinhos puxados e seus cabelos escorridos. Entre elas, uma ou outra negra cheia de bossa.

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Os hotéis de Santorini são um caso à parte, assim como a gastronomia. Peixes, frutos do mar e a tradicional moussaka encantam os paladares.

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Nas ruelas, crianças “arranham” acordeons, com cachorrinhos ao lado, para ganhar algum trocado. Excelentes músicos também se apresentam com o mesmo objetivo. Esses, ao nos ouvir conversar em português, tocaram Manhã de Carnaval – uma delicadeza. Ao fundo e em frente, turistas fotografam. 

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Dignas de nota são as cores e as formas da arquitetura local.

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Na hora do pôr-do-sol os turistas disputam o melhor lugar na amurada da praça central de Fira.

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A primeira estrela aparece no lusco-fusco avermelhado do crepúsculo, ainda antes da noite se instalar.

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domingo, 13 de setembro de 2015

Grécia, onde tudo começa: Paros

Que ilhas visitar na Grécia? Entre cerca de seis mil, 277 são habitadas, e 78 por mais de cem pessoas. As mais famosas, do ponto de vista turístico, são Santorini, Mikonos e Creta. 

Mas, conversando por aí, descobrimos que Paros era uma boa opção. Trocamos Mikonos por Paros, menos badalada. E não nos arrependemos.

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As ilhas gregas, com histórias e características diversas, são classificadas pela localização: jônicas, argo-sardônicas, do nordeste do Mar Egeu, do Dodecaneso, Cíclades…

Paros, no mar Egeu, faz parte das Cíclades, nas quais o turismo é a principal atividade. Praias, casas brancas, igrejas com domos azuis e flores, muitas flores são sua marca registrada.

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          Boa dica é alugar carro para conhecer os povoados dos quase 200 km² dessa que é uma das maiores ilhas do grupo das Cíclades.

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     Perto do ancoradouro, o moinho de vento e o marinheiro consultando o celular, observado pelos gansos, fazem parte da paisagem.

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           Indispensáveis são as praias de águas mansas e cristalinas, como Farangas e Santa Maria. Os windsurfistas fazem a festa.

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        Nas ruelas estreitas da cidade velha há bares, restaurantes, lojinhas de artesanato e sobrados brancos enfeitados por flores.

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É o melhor lugar para observar o pôr-do-sol, tomando um drinque e degustando a deliciosa salada grega, feita com tomate, pepino, queijo feta, azeitona, cebola roxa e pimentão. Ótima pedida!

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                                                           As flores contrastam com o azul do céu e o branco das construções.

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Há cores por toda parte: no coquetel de melancia do restaurante Karina, em Naoussa; nas buganvílias que enfeitam o desjejum do hotel Apollon, em Parikia; e no artesanato típico.

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Abaixo, três flagrantes de personagens da ilha: a adolescente ruiva que brincava com amigos pelas ruelas da cidade velha, o barbudo excêntrico que não se furtou a posar para a foto, e a mendiga, expressiva tradução da atual tragédia grega.

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