Conhecida como a cidade de Romeu e Julieta, Verona, ao que tudo indica, continua cenário de histórias de amor.
De Romeu e Julieta sabe-se que foi uma lenda, ou talvez uma história com algum fundo de verdade que inspirou escritores e poetas, até que Shakespeare – mesmo sem nunca ter posto os pés em Verona - a imortalizou em fins do século XVI.
Mas os amantes aqui focalizados são reais, e escolheram o adro do Castel San Pietro para namorar, a Piazza delle Erbe para se beijar e a romântica moldura da cidade para se casar.
Fundada pelos celtas, depois colônia romana, capital de ducados e colônia de monges beneditinos, Verona é Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em razão da arquitetura e da estrutura urbana.
Para visitar um lugar, o melhor é, no primeiro dia, passear de ônibus de turismo, a fim de conhecer a história, os pontos interessantes - e escolher onde voltar depois, por conta própria. Assim, entre outras informações, ficamos sabendo que a Ponte Pietra foi construída em mármore pelos romanos, em 89 aC, e reconstruída depois de bombardeada na II Guerra. Por isso tem partes de mármore e partes de alvenaria.
Na Piazza Brà fica a Arena, também obra dos romanos, construída no século I da era cristã.
A Arena di Verona é o terceiro maior anfiteatro romano do mundo. Está muito bem conservada, é impressionante pensar que tem cerca de dois mil anos.
De excelente acústica e capacidade para 30 mil pessoas, recebe concertos, shows de rock e espetáculos de ópera.
Pensamos em assistir a Aída, de Verdi, que estava em cartaz, mas desistimos por ser no mesmo dia do afinal trágico jogo Brasil X Alemanha. Pena, pois Aída talvez nos tivesse feito mais felizes…
Outros bonitos monumentos são o Castel Vecchio e a ponte Scaligero, no rio Ádige.
Boa ideia é flanar pelo Centro Histórico. Há muito para ver – e para comprar. A feirinha de artesanato, roupas e presentes na Piazza delle Erbe é um sucesso.
Programa turístico imprescindível é visitar a casa de Julieta – embora se saiba que o balcão tenha sido construído para dar veracidade à história. Na parede da entrada, bilhetinhos com juras de amor. Há também uma estátua em bronze da personagem, e, não se sabe por que, reza a lenda que dá sorte passar a mão no seio direito da coitada. Por isso, a estátua ficou descorada nesse lugar.
Atrás da estátua, uma grade cheia de cadeados de enamorados que acreditam que trancar seus amores dá resultado.
Como não poderia deixar de ser, lojinhas vendem suvenires inspirados na história dos infelizes amantes.
O mais curioso: há na cidade um Clube de Julieta, onde voluntários respondem às cerca de cinco mil cartas que chegam por ano, endereçadas à moça, pedindo orientações para amores complicados. Como se o dela tivesse sido simples…
Passear, tomar spritz – delicioso drinque à base de Aperol e espumante -, observar pessoas: ofício de turista.
Para finalizar, mais uma vez a comprovação da exposição do Brasil por causa da Copa: à venda, mala e sorvete com as cores da bandeira.
Lago de Garda e Castelo Scaligero
O lago de Garda, a 42 km de Verona, é o maior da Itália. Ocupa uma área de 370 km² e tem cinco ilhas. Há várias cidades em sua margem, e uma delas é Sirmione, onde está o Castelo Scaligero.
Exemplo raro de fortificação lacustre, o Castelo Scaligero é todo cercado pelo lago, e tem uma ponte levadiça.
Dentro dos muros há uma vilazinha, com lojas, restaurantes, sorveterias – e turistas, muitos turistas.
O Castelo Scaligero é um dos mais bem preservados da Itália. Foi construído no século XIII sobre as ruínas de um forte romano.
Conta a lenda que há muito tempo lá viviam Ebengardo e sua namorada, Arice. Numa noite de tempestade, o casal deu abrigo a Elaberto, marquês de Feltre.
Encantado com a beleza da moça, Elaberto tentou assediá-la. Arice resistiu e foi esfaqueada e morta por ele. Ebengardo, ao ver a namorada sem vida, apunhalou Elaberto.
Em noites de tempestade, segundo a lenda, a alma de Ebengardo pode ser vista em volta do castelo, procurando por Arice.
Todo castelo que se preza tem um fantasma. Mas no verão, durante o dia e sem tempestade, o que se vê são flores, numa quantidade e colorido que chamam a atenção. Há flores por todo lado.
A caminho do castelo, foi impossível resistir a fotografar algo que para nós brasileiros é engraçado.
Próxima postagem: Trento e San Martino Di Castrozza
Lindas fotos e texto bom de ler, que vontade dá de ir lá!
ResponderExcluir( vai sair livro daí?)
Bjão
Adoraria fazer um livro, Valéria, mas numa editora. Material é o que não falta. Mas por conta própria é muito caro, sem falar do grande problema que é a distribuição.
ExcluirMaravilhoso, Cláudia! Tenho o sonho de conhecer Verona e ele ficou ainda mais vivo com suas fotos e informações certeiras. Valeu, parabéns!
ResponderExcluirObrigada, Teresa. Beijo grande.
ExcluirAdorei, Cláudia. Você é mesmo competente no assunto! Nossa estada aí foi maravilhosa e suas fotos e comentários me fizeram refazer a viagem.
ResponderExcluirBeijos!
Telma
Obrigada, Telmífera! E vc viu que a sua mão e a do Bruno compareceram, naquela foto do brinde com spritz?
ExcluirQue chique! Bem que eu achei linda a foto, não sabia por quê... hehehe
ExcluirMuito lindo; vendo essas fotos me dá uma vontade danada de voltar.
ResponderExcluirBjs
Ricardo
Lindas fotos e texto inspirador ! Bjs, Thais
ResponderExcluirRevisitando Verona, esse romântico lugar, vista pelos seus olhos a viagem se torna enriquecedora! Bjs
ResponderExcluirOi, Vera, muito obrigada por suas observações! Beijo.
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