A caminho de San Martino passamos por Trento, cidade com cerca de 120 mil habitantes, no Tirol italiano. Foi lá que em 1546 houve o Concílio de Trento, o mais famoso da cristandade, quando a cúpula da igreja católica se reuniu, preocupada com a expansão do protestantismo.
A região, que pertencia ao Império Austro-Húngaro até o fim da 1ª Guerra, foi anexada pela Itália como conquista de guerra. Por causa disso, a arquitetura do lugar sofreu alterações, para que se assemelhasse a uma cidade tipicamente italiana.
Alguns sites de turismo indicam a Piazza del Duomo trentina como uma das mais bonitas da Itália. Fomos conferir.
Num país de tantas belas praças, difícil escolher a mais bonita. Mas a de Trento, cercada pelos Alpes, tem uma atmosfera interessante.
E um chafariz belíssimo.
Bom programa é tomar spritz num dos bares locais para apreciar o ambiente e a paisagem humana.
Depois, flanar pelas ruas, sem objetivo específico.
Subindo o funicular descortina-se vista panorâmica da cidade.
Um olhar atento aos cartazes nos muros descobre problemas que um turista não imaginaria: convite para um concerto antifascista.
Outra surpresa foram os jornais com manchetes criativas e muitas páginas sobre o jogo Brasil e Alemanha, ocorrido dias antes.
San Martino di Castrozza
A vista da janela do hotel em San Martino mostra os Dolomitas, a cadeia de montanhas dos Alpes no norte da Itália que o arquiteto Le Corbusier disse ser “a mais bela peça de arquitetura do mundo”.
Chamadas, antes do século XIX, de “montanhas pálidas”, pela cor característica das rochas, os Dolomitas são considerados Patrimônio Mundial pela Unesco.
A graciosa San Martino di Castrozza fica numa região que pertenceu ao Império Austro-Húngaro. A arquitetura da cidade mostra bem as influências desse passado.
No inverno, o lugar é uma concorrida estação de esqui. E, embora fosse verão, no alto das montanhas ainda havia bastante neve.
É de onde se pode avistar a cidade num vale entre montanhas.
No frio verão alpino, muitas flores enfeitam a cidade. E turistas percorrem as ruas.
Os Dolomitas são onipresentes.
Nas vitrines, mais uma vez o Brasil: linha de maquiagem Viva Carioca. Em que pese o exagero de cores, boa divulgação do país, efeitos da Copa do Mundo.