Anos atrás, um suíço trouxe das Ilhas Canárias alguns dromedários para Natal. Os bichinhos se reproduziram e, em meio a polêmicas de vários matizes, hoje fazem parte da paisagem de Genipabu, passeio obrigatório a quem visita a capital do Rio Grande do Norte.
A foto abaixo, feita com celular, sem nenhuma pretensão, abre esta postagem pelo inusitado da paisagem: uma caravana de dromedários no litoral brasileiro.
Férias, verão, Nordeste: mistura perfeita. As atrações são muitas, para felicidade do turista. Na Via Costeira ficam os hotéis e resorts mais badalados, e a praia de Ponta Negra e o Morro do Careca são o mais conhecido cartão postal da cidade.
O Morro do Careca tem cerca de 100 metros de altura. Até os anos 90 do século passado era possível escalá-lo para escorregar até a água, com ajuda de uma prancha de madeira.
Depois, para evitar a destruição da mata nativa, a perda de areia e a consequente diminuição do morro, o chamado skibunda foi proibido.
Fora da cidade, pode-se optar por visitar as praias do norte, mais selvagens, ou as do sul. A primeira providência é alugar um bugre.
Barqueiros fazem a travessia em direção a Genipabu e às lagoas do litoral norte.
Nas lagoas, além do banho refrescante, há vários tipos de divesão aquática.
As dunas são atração à parte, com os dromedários e as belíssimas paisagens. Os passeios de bugre podem ser “com emoção” ou “sem emoção” – ou seja, com ou sem manobras radicais.
Já ao sul de Natal, em Pirangi do Norte, a apenas 12 quilômetros, fica outro atrativo turístico: o maior cajueiro do mundo. A árvore tem mais de 100 anos, sofre de uma anomalia genética e expande-se sem cessar. Os galhos, ao vergarem por causa do peso, encostam no chão, criam raízes e crescem como se fossem outra árvore.
O resultado é monumental, equivale a setenta cajueiros e ocupa hoje cerca de 8.500 m². É considerado pelo Guiness a maior árvore frutífera do mundo.
A atração vale a visita. Na entrada, não deixe de tomar a deliciosa cajuína bem geladinha, cantada por Caetano Veloso na música que leva o nome do típico refresco nordestino.
E, na época da safra, aproveite: o maior cajueiro do mundo produz 2,5 toneladas da fruta, cerca de 70 a 80 mil cajus…
Ainda ao sul de Natal ficam as praias e as falésias de Pipa. E, surpresa: noruegueses e suecos são encantados por aquelas redondezas. Muitos compraram proriedades na região, onde passam alguns meses por ano, decerto fugindo do rigoroso inverno nórdico.
No final de tarde, depois de apreciar a paisagem, nada como um mergulho.
De volta a Natal, quem sabe, encontrar um gavião pelo caminho.
E, antes de ir embora, não esquecer de prestigiar bordados e rendas do bonito artesanato local.