Dez milhões de habitantes e cinco milhões de motocicletas. Essa é Saigon, antiga capital do Vietnã do Sul, que, com a vitória do comunista Vietnã do Norte e a reunificação do país, passou a chamar-se Ho Chi Minh, em homenagem ao herói nacional. A foto abaixo, feita da janela do hotel, mostra à esquerda um prédio de 86 andares, símbolo da modernidade dessa que é considerada a capital econômica, financeira e comercial do país.
Nossa visita ao Vietnã deixou gosto de quero mais. O roteiro reservou 14 dias ao país. Parece muito, mas para conhecer melhor o povo e os costumes - além das atrações turísticas propriamente ditas - seria preciso mais tempo.
Em Ho Chi Minh, ou Saigon, ficamos dois dias. E como num deles fomos a Cu Chi, onde estão os túneis cavados pelos vietcongs durante a guerra (tema da próxima postagem), só nos restou um dia na cidade.
Conhecemos o palácio presidencial. Abaixo, uma das salas e o jardim. O lugar tem história: em 8 de abril de 1975, já no fim da guerra, o coronel Thanh Trung, da força aérea do Vietnã do Sul, lançou bombas sobre ele. Embora causando poucos estragos, o ataque teve efeito devastador no moral das forças do Sul, e forçou o presidente Thieu, títere dos americanos, a abandonar Saigon. Thanh Trung, agente do Norte infiltrado nas fileiras sulinas, foi proclamado herói e promovido a Capitão da Força Aérea Popular do Vietnã.
Visitamos também, no bairro chinês, um pagode budista de 250 anos, dedicado à deusa protetora das águas.
Os fieis colocam espirais de incenso e fazem pedidos. Segundo a tradição, quando a espiral se queimar por completo, o pedido será atendido.
Veja no vídeo abaixo, feito por Jitman Vibranovski, os incensos e os desejos escritos em tiras de papel cor-de-rosa. Ligue o som.
Conhecemos também, numa fábrica, o tradicional processo oriental de fabricação de laca. Abaixo, vídeo de Jitman Vibranovski.
Além desses passeios, o melhor foi observar a população no dia-a-dia:
A incrível quantidade de motos nas ruas... ... e a motociclista com o rosto totalmente coberto.
A grávida sem preocupação com segurança... ... e a mocinha elegante em sua microssaia.
As ruas e calçadas são movimentadas:
...almoçam... ...tiram uma sesta...
Mas é à noite que as ruas são mais animadas. Embora o Natal não seja uma data religiosa importante no país, lá, como cá, o comércio se agita: uma quantidade inimaginável de gente fotografava e era fotografada em frente às vitrines coloridas de lojas comuns e grifes internacionais. Numa noite de terça feira, era difícil andar pelas calçadas, tamanha a quantidade de famílias inteiras passeando, felizes como numa festa. Era o fascínio do consumo, ainda incipiente nesse esse país só recentemente inserido na economia de mercado.
Só que, infelizmente, saímos sem câmera. E talvez nem teria sido possível fotografar, pois mal conseguíamos nos movimentar.
Abaixo, duas figuras bem ocidentalizadas, típicas desse novo Vietnã:
Próxima postagem: Cu Chi, onde o Vietnã ganhou a guerra